quarta-feira, 28 de abril de 2010

ASSUMINDO AS FALHAS DO PRESENTE E TRANSFORMANDO O FUTURO


É muito difícil encontrar pessoas que realmente assumam os seus erros no caminho concurseiro. As “desculpites” incluem desde a banca até o barulho na casa da vizinha.

São vários os fatores que ajudam o candidato a se enganar e a continuar sem ser aprovado em concursos.

O primeiro é não se conscientizar de que concurso é um projeto e, como todo projeto, deve ser planejado e, para que dê certo, a execução deve obedecer ao que fora pré-estabelecido. Esse planejamento envolve desde a análise da sua adequação ao futuro cargo, pretensões salariais, até a coleta de resultados de concursos anteriores da área específica, provas da banca, aquisição de material de estudo, confecção de um cronograma de estudos e definição dos seus novos horários até passar.

O segundo é não ter em mente que esse projeto exige qualificação. Hoje, a concorrência real está extremamente qualificada. Logo, não são as questões da Fundação Carlos Chagas que são ridículas, o nível do candidato que concorre a cargos de nível médio é que aumentou. Sem falar que a maioria dos aprovados nas vagas do edital não tem apenas o nível médio. No último concurso do TRE-BA, em uma pesquisa com os aprovados dentro do número de vagas para o cargo de Técnico Judiciário - Área Administrativa, todos os que estavam nas vagas do edital ou já eram formados em Direito ou estavam cursando Direito.

Todavia o candidato não quer ver essa realidade, ou seja, não quer estudar com afinco, não quer abdicar - afinal, para quem estuda e se dedica, nada é impossível. Ele prefere dizer: “Ah, não passei porque as provas são decorebas, não exigem raciocínio, eu sou muito inteligente e não consigo passar nesse tipo de prova”. Entretanto, coincidentemente, esse mesmo candidato faz uma prova de outra banca, no caso dele o CESPE (porque só o CESPE seleciona...), e não passa. E aí? Já são duas bancas de estilos diferentes, qual a desculpa de agora?

Ah, mas ele encontra outra desculpa rapidinho: “ A culpa é da vizinha barulhenta! Não consegui estudar por causa da vizinha!” Bom, se não me engano, a análise do local de estudo deve ser feita antes de se começar a estudar, na fase do planejamento.

 Sinceramente, foi-se o tempo em que barulho era obstáculo para o estudo. Muito facilmente qualquer pessoa consegue comprar protetores auriculares capazes de abafar 99% dos ruídos. Podem encontrar alternativas como estudar em bibliotecas, enfim, como diz a frase: “O interessado corre atrás”.

Com certeza, quem está disposto a vencer vai arrumar uma maneira de conseguir lidar com o barulho, com o estilo da banca, com os amigos que querem atenção e todos os percalços que surgem nessa fase. Será capaz de admitir que, se não passou até o momento, foi porque houve falhas e não por causa da banca, da vizinha, do sol, do vento...

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