terça-feira, 13 de julho de 2010

Passei!

Para um concurseiro, a palavra-título deste texto traz consigo significado completo. Em tese, não se precisaria dizer mais nada, pois a emoção, a felicidade e demais sentimentos que estão envolvidos na aprovação de um candidato estão implícitos, todavia gostaria de comentar esse feito.

Lembro-me de uma frase muito interessante que diz: "Você é aquilo que você pensa". E desde que saiu o edital, quando vi que não tinha matemática (meu ponto fraco) no conteúdo programático , pensei: "Eu vou passar!". Claro que não fiquei como muitos religiosos - esperando o milagre imaterial , eu fui à luta: estudei e aproveitei todas as oportunidades. 

Como há pessoas que gostam de ampliar o conceito de passar, deixo claro que o meu conceito de passar é estar dentro das vagas do edital, pois fora das vagas não há direito à nomeação.

Então, o primeiro passo para a aprovação foi a auto-confiança. Acreditei em mim, tracei o objetivo (passar em 1º lugar), criei estratégia e a implantei. 

Alguém pode perguntar: "Passar em primeiro lugar? Não é excesso de autoconfiança não? Aliás, não seria sonhar demais?"
Então, respondo com outra frase: "Sonhe alto, pois se você chegar a ser metade do seu sonho já será alguma coisa"

Havia 3 vagas, passei em 2º lugar. 

Essa prova foi meio traumática para mim, pois saí sem marcar 5 questões no gabarito, o que nunca tinha ocorrido comigo antes. Saí chorando, imaginando que não iria passar. A banca foi do CESPE. Para variar, caíram várias questões fora do edital e, de tanto ficar pensando na resposa de uma questão (pois o CESPE nunca anula 100% das questões fora do edital), acabei perdendo tempo e deixei de marcar 5 questões certas no gabarito. Embora, eu ache que a fiscal se atrasou ao tirar a faixa do tempo que restava, pois quando olhei faltavam 15 minutos e ela tinha acabado de tirar, li apressadamente uma questão e quando fui marcar, tocou o sinal.. Não deu 15 minutos não, mas enfim.


Quem se apressou e não releu com cautela a prova, perdeu várias questões, pois havia muitas cascas de banana. Graças a Deus, ao final, deu tudo certo. Tirei o 2º lugar, com a mesma nota do 1º, sendo diferenciada apenas pelo  critério de desempate. Como deixei de marcar 5 questões que estariam certas, me considero 1º  lugar .. hehehe

Voltando à estratégia para passar...

De repente, você se pergunta: mas como posso me ajudar?
E a resposta é muito simples: estudando, não perdendo tempo, diminuindo drasticamente o tempo de internet, principalmente do orkut. Afinal, se você já tem o edital, ou seja, já sabe o conteúdo programático, quando será a prova, os critérios de classificação, para que ficar discutindo em comunidade? Salvo para quem vai em busca de material gratuito - o que leva apenas alguns minutos para pegar o link e baixar - ficar em comunidade batendo papo, confrontando idéias e discutindo, é perda de tempo. Não vai cair a visão do fake ultra-sincero, da moderadora ou do "sabe-tudo" da comunidade, vai cair a visão da Di Pietro, do Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, do Pedro Lenza, etc.

Porém, após analisar várias comunidades e perceber  essa perda de tempo dos candidatos em todas elas,  percebi que o problema da maioria dos concurseiros não é  o Direito e, sim, o Português. As pessoas simplesmente não conseguem entender o texto do edital (sem falar nas que não o lêem e quererm que nós o leiamos para elas). O edital, em 99,99% dos casos,  vem claro, entretanto, as pessoas conseguem distorcê-lo de uma tal maneira que você fica sem compreender, aliás, agora, sim, você entende porque muitas pessoas demoram a passar. Elas precisam aprender primeiro a ler, precisam dominar a nossa língua pátria porque, sem ela, não serão capazes de entender um anúncio de jornal, quiça um edital.

Segunda parte da estratégia - não dê ouvidos a terrorismo de concorrente. Já comentei aqui num post anterior como os concorrentes ficam tentando fazer você desistir daquela opção de vaga. Concorrência real é muito pouca, basta analisar as salas de cursinho, as comunidades, os fóruns. Muita gente sabe o básico, é mediana, usando o termo correto, mas que aparentemente parece agressivo, muita gente é medíocre, ou seja, está sempre ali na média, fica empatado com milhares de pessoas. Sabe alguma coisa, mas não se esforça para aprender mais, prefere colocar a culpa na banca.

Se analisarmos os resultados de concursos, salvo raras exceções, os primeiros lugares estão è frente dos demais apenas por algumas poucas questões, porém acertar essas poucas questões foi resultado de mais estudo e dedicação que a maioria das pessoas. Ou seja, se você continuar fazendo as mesmas coisas, obterá os mesmos resultados.

E a terceira parte da estratégia, que é a mais importante, é um misto de estudo e humildade, todavia não  é humildade no sentido de ser simpático, cumprimentar todas as pessoas independentemente de sua posição social etc, é ser humilde consigo mesmo e em relação ao seu nível de conhecimento, ou seja, nunca tenha a idéia de que já sabe de tudo e de que não precisa mais estudar. Continue estudando até a véspera da prova.  Nossa memória é seletiva, o que não se usa vai sendo esquecido. Se você não resgata determinadas informações, o cérebro entende que você não precisa mais delas.

Em provas para técnico administrativo, em que há conteúdo extenso, com muitas leis e detalhes que confundem, não conheço ninguém que tenha passado com a mentalidade do "já sei". Estudar sempre é o segredo para não  ficar inseguro e com dúvidas na hora da prova porque, por incrível que pareça, quando você está inseguro,  você consegue a proeza de desmarcar uma resposta certa e marcar outra errada, o que não aconteceria se você estivesse confiante, com certeza da resposta.

Resumindo é isso: passar é resultado autoconfiança, planejameto e estudo, mas muito estudo mesmo!

Agora, vou indo que vida de concurseiro é assim: passar em um e estudar para outro melhor.








quinta-feira, 1 de julho de 2010