quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Indicações

Hoje indicarei alguns livros que melhorarão seu desempenho se você fizer os exercícios disciplinadamente.  Não tem nenhum merchandising, não estou recebendo nada por isso.

Antes que você se pergunte quem sou eu e que bagagem eu tenho para indicar alguma coisa, digo apenas que, depois que mudei a forma de estudar, meu desempenho melhorou de forma significativa e obtive êxito: passei em um concurso.

Quem estuda de verdade sabe que não basta apenas ter tempo disponível para estudar. É preciso ter um ambiente mental favorável, sem vícios aprendidos que dificultam o aprendizado como, por exemplo, a silabação mental. 

Silabação mental? O que seria isso? É um vício que 99,99% das pessoas possui, já que no Brasil geralmente é assim que se aprende a ler. Na  infância, a gente lê as palavras assim: b + a = ba, Bra - sil. Então, depois de adulto, mentalmente a gente "fala" as sílabas em vez de enxergar a palavra como um todo. Se bobear é capaz de errarmos a pronúncia mentalmente. Curioso... Então, isso é algo que dificulta muito a leitura e a torna demorada, pois em vez de enxergar palavras por inteiro e grupos de palavras, a gente sai repetindo mentalmente cada sílaba, o que prejudica o aprendizado.

Então, indico o livro Leitura Dinâmica, do Ricardo Soares e William Douglas:



E também indico o livro Turbine seu Cérebro - Nanci Azevedo Cavaco. Esse livro traz descobertas da neurociência sobre o funcionamento do cérebro e como podemos aproveitar a capacidade desse órgão fantástico. O livro o auxiliará desde que você se discipline, siga as instruções e resolva os exercícios propostos. Ele também traz dicas importantes, como por exemplo, a descoberta de que a música clássica barroca estimula o aprendizado, então seria interessante estudar com música clássica ao fundo. É muito interessante o livro. Se puder investir, invista.





Não basta estudar. É preciso estudar com qualidade e o máximo de aproveitamento.







quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Malas de cursinho...


Acho surpreendente os tipos que você encontra em cursinho. Pessoas que pagam caro para não aproveitar praticamente nada... Sem falar nas pessoas audazes, sem o menor senso de vida em sociedade...

Exceto as pessoas que estão chegando ao mundo dos concursos agora, grande parte já devia ter criado vergonha na cara e ter parado com certas atitudes pueris. 

Vi gente reclamando de bobagens, levando-se em consideração as situações fáticas que observo. Reclamam se a apostila não chega logo e sequer terminaram de ler o módulo 01 - ao final do curso, muitas apostilas estão tão novas quanto no primeiro dia de curso... Existe candidato que não sabe nem os assuntos do edital e quer que o professor leia inciso por inciso de todas as leis na sala. Isso é impossível. Sem falar na tremenda falta de educação. Na hora do intervalo em vez de saírem da sala ficam atrapalhando quem quer estudar, falando alto ao telefone ou fazendo terrorismo barato e contando vantagem, ou melhor, reclamando do curso... P.. se não gosta, "pede pra sair"...

Sem contar que, apesar de estudarem Administração, ainda não conseguiram assimilar o sentido da palavra "estratégia"... Há candidatos que passam o dia no cursinho, assistindo aula de manhã, de tarde e de noite... Gente, se o professor não ministra o assunto todo em sala, vocês precisam de um tempo em casa para ler a lei toda, não?

E o que considero mais engraçado é  que as pessoas reclamam, reclamam, reclamam, conversam, conversam, conversam (há momentos em que me sinto numa sala de nível fundamental) e depois não entendem por que o resultado esperado não chegou... Está faltando um pouco de autocrítica...






domingo, 30 de outubro de 2011

Baixos...

Às vezes, acontecem fatos na nossa vida que, embora não devessem ter um impacto tão devastador nela, nos deixam totalmente inertes no momento mais inoportuno, por exemplo, quando estamos com um projeto na ponta da agulha.

De repente, você se vê sem perspectivas, sem rumo, sem forças... Sem vontade de seguir adiante no mesmo caminho e repensa seus valores e  toda a sua concepção de felicidade. Nessas horas, você tem um relatório qualitativo da sua trajetória: você realmente vai descobrir com quem você pode contar, em quem se pode confiar. Muitas vezes, percebe-se que a única pessoa com quem se pode contar não está disponível e fica um vazio existencial, uma angústia, uma ânsia de expelir tudo o que o está oprimindo...

Os momentos difíceis nos deixam mais fortes justamente porque ninguém escapa do lado ruim da experiência. Por mais que se crie uma capa de fortaleza e um ar de serenidade, no fundo está havendo uma quebra de conceitos, de paradigmas, destruindo o que antes ali havia, limpando o campo para que algo novo possa ser construído.

Até lá,  há todo um processo de desintoxicação psicológica que inclui primordialmente o pranto motivado. "Curtir a fossa" geralmente faz mais efeitos do que tentar abafar o sentimento e explodir num momento posterior de forma impulsiva, trazendo consequências piores...

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Saúde, exercício, estudos...



    Finalmente, depois de um longo período de especulações, foi publicado o tão aguardado edital do TRE-CE. 
Então, num momento como esse, uma partedos concurseiros, pensa o seguinte: vou abandonar tudo o que eu puder para estudar. E estão certos. A questão é saber o que se pode e o que não se pode abandonar...

     Primeiramente é preciso que fique claro que passar num concurso exige tempo. Por mais que você saia riscando n atividades do seu dia, é muito difícil aprender todo o conteúdo em apenas 2, 3 meses, principalmente se a pessoa trabalha. Revisar é possível, revisar no sentido de que você já sabe o grosso de Direito e algumas outras disciplinas. 

     Pois bem, uma das coisas que não se pode abandonar de forma alguma é a saúde e a manutenção dela é fundamental para que você passe. Manter o sono, e o funcionamento normal do seu organismo farão com que você renda mais. E antes que alguém diga: "Não posso perder uma hora do meu dia com exercício." Pergunte-se o que ocorrerá se você perder a vaga porque os seus exames demonstraram o quão seu organismo sofreu com a sua negligência? É preciso estar apto mental e fisicamente para tomar posse, lembremos..

    A vida nas grandes cidades nos reserva inimigos ocultos que podem matar. O principal deles é o estresse juntamente com a ansiedade. De repente, você começa a passar mal com frequência, fica irritadiço, tem taquicardia, seu colesterol, embora você não esteja com sobrepeso, aumenta, você sente falta de ar... Boa parte desses sintomas vão embora depois do exercício físico. O exercício físico faz bem não só para o físico, mas também para a mente. Ele consegue eliminar sentimentos negativos como tristeza, raiva, estresse, apatia...

   Então, nem venha com desculpas como: não tenho tempo. O tempo é antes de tudo uma questão de prioridade.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

TRE-PE (2010) - UM RELATO

Em virtude do lançamento do novo edital do TRE-PE, após o fiasco com a CONESUL em 2010, resolvi repostar o grande dia em que eu poderia ter conquistado uma vaga num tribunal não fosse a desorganização da DESorganizadora.
 
"Ah, vida de concurseiro... Viajar pelo país em busca de uma vaga, sujeitar-se a situações às quais você não se sujeitaria normalmente, fazer uma ótima prova e, em virtude da má organização do certame, não saber se esse terá continuidade. Definitivamente, vida de concurseiro é repleta de emoção.

Dia 17/01/2010

09:00h - Começo os preparativos para o grande dia. Tomo banho, café. Verifico toda a documentação necessária, o material para ir lendo durante a viagem, água, barras de cereal, afinal não ia dar tempo ir a um supermercado e tudo no aeroporto é um absurdo.

10:30h - Saio de casa. Minha mãe vai me deixar no aeroporto. Chego com uma hora de antecedência, mas a fila para o chek-in está imensa. Pânico!( Não vai dar tempo fazer o chek-in - penso). Vou atrás de um funcionário da companhia aérea e consigo fazer o chek-in e embarcar.

11:35h - Avião finalmente decola. Rezo para que o avião não caia(era da TAM) e para que dê tudo certo.

12:25h - Céu num tom cinza-azulado, o comandante solicita que os funcionários interrompam o serviço de bordo. Começa a turbulência. Lá se vai minha concentração pra terminar de ler a resolução 21.538. Alguns instantes dentro de nuvens, tudo se normaliza.

12:45h - "Sejam bem-vindos ao Recife"( por que " ao Recife" se Recife não pede artigo? Pensei que só os Recifenses tivessem essa mania, mas...), disse o comandante.

Clima fantástico para um dia de prova: 13:00h, parecendo um fim de tarde chuvoso.

13:00h - Vou em busca de almoço. Não há a menor possibilidade de fazer uma prova de estômago vazio ou com preenchimento insuficiente ou precário, mas, antes, tenho que comprar um cartão telefônico pois, "idiotamente"(neologismo carregado da emoção do momento) não comprei o cartão antes. Tive que pagar 8 reais por um cartão telefônico da Oi - dupla revolta...

13:26h - Já no restaurante, o pedido finalmente chega. Quase 5 reais por um suco e me vem um refresco de laranja de 300 ml... Chamo o gerente e  o esclareço da diferença entre suco e referesco, pelo menos no caso da laranja. Ele é solícito, pergunta-me se desejo o dinheiro de volta ou um suco de verdade. Estou com pressa, não quero nem  uma coisa nem outra...

13:55 - O tempo voa... Ligo para a empresa de táxi e a atendente informa que o táxi levará uns 10 minutos ainda pra chegar. Digo ok, porém estou disposta a esperar apenas 5 minutos. Curiosamente, em 2 minutos o táxi chega.

14:00h - Digo para o taxista que ele tem que ir "voado", pois minha prova é às 14:30h. Ele acata minha ordem e faço uma viagem com emoção, cheia de zigue-zagues, ultrapassagens perigosas. Mas é isso mesmo.

14:20h - Chego ao local de prova. Verifico meu nome na lista. Subo para o andar onde fica minha sala.

14:22h- Identifico-me na entrada da sala. Tiro o rótulo da garrafa de água mineral por solicitação da fiscal. Vou até a cadeira reservada para minha pessoa. - número 29 (Só depois analisei numerologicamente: um bom número... )

Após esse momento, perco a noção de tempo determinado. Estou sem relógio, meu celular está sem bateria  na bolsa. Aguardo o início da prova.

Eu sabia que próximo à Escola Luiz Delgado existia uma feira, mas não que ela havia sido transferida para a dentro da sala em que eu ia realizar a prova. Deveria ter levado meus tampões de ouvido. É incrível como no PI e em PE os candidatos se conhecem ou desenvolvem uma amizade repentina e começam a conversar e a rir como se estivessem numa festa.

Chegam as provas. A fiscal solicita uma candidata(na minha sala só havia mulheres) para romper o lacre. Creio que, pelo tamanho da saia da candidata, ela se decepcionou ao ver que só havia mulheres no recinto. Porque, em dia de chuva, alguém ir fazer uma prova com uma saia que, com dois dedos a menos, daria pra ver o útero, esse alguém só poderia estar querendo desconcentrar os candidatos do sexo masculino e as homossexuais. Aliás, intriguei-me mesmo como deixaram alguém que foi quase nua fazer a  prova.

Começa a entrega das provas. Enquanto as provas estão sendo entregues, as candidatas continuam conversando, mesmo as que receberam as provas. Solicito ao fiscal do sexo masculino que chame a atenção para a conduta proibida em edital. Ele diz "ok" e dá de ombros.  Pense num fiscal bem preparado e com moral...

A fiscal do sexo feminino se prepara para ler as instruções, e a sala recusa a leitura. Cinco minutos depois, começam as perguntas idiotas. Dispensam a leitura e perguntam sobre o que está na capa da prova? Candidato além de cara de pau é paradoxal...

Finalmente, o silêncio! Começo a resolver a prova. Conhecimentos Gerais, tranquilo. Conhecimentos Especificos me deixam em dúvida em duas questões. Fico até o final para poder levar a prova e também para conseguir me lembrar de mais informações para não errar as questões que me deixam em dúvida. Termino a prova. Entrego meu gabarito.

Saio. Tomo um banho de chuva enquanto espero o táxi. Chego ao aeroporto. Niguém no balcão e a atendente não me deixa fazer o chek-in nas máquinas. Ela solicita que eu fique na fila, aguardando para ser atendida pelos funcionários fantasmas, pois só ela estava vendo atendentes no balcão. Após um pequeno estresse, ela emite meu bilhete na máquina.

Finalmente, entro no avião. Cansaço, sensação de dever cumprido. Fome amenizada pelo sanduiche que foi servido (estava com qualidade inferior ao da ida, pois o pão parecia de dois dias atrás, mas tava quente, tava valendo).

Uma hora depois: "Bem-vindos ao Aeroporto Internacional Pinto Martins". Ah, minha Terra da Luz, I'm back!.   "

 






TJAA - O novo "bombril" do Serviço Público


Quem tem acompanhado e, principalmente, estudado para concursos recentes tem percebido a quantidade e diversidade de assuntos que está sendo cobrada para o cargo de TJAA - Técnico Judiciário Área Administrativa. 


Aos poucos novas disciplinas foram sendo implementadas. Não bastasse o Direito ( que obviamente ninguém aprende no ensino médio, porém é cobrado, muitas vezes, com profundidade de prova de analista), ao longo dos editais foram sendo incluídas as disciplinas de: informática, arquivologia, gestão de pessoas, gestão de materiais, administração (evolução, teorias etc), inglês (concurso anterior do Senado).

A realidade é que a Administração Pública quer um servidor que esteja apto a se enquadrar na conjuntura atual do serviço público: muito trabalho e pouca gente qualificada de fato. Os cargos efetivos dos próprios órgãos são poucos comparados com a real necessidade das instituições, reinando o troca-troca de requisitados que não estudaram especificamente para os órgãos para os quais foram cedidos, implicando numa mão-de-obra muitas vezes não qualificada para a execução dos fins específicos da instituição requisitante. 

Então, o que se faz numa hora dessas? Seleciona-se o candidato que melhor demonstrar facilidade de aprendizado e flexibilidade, o que podemos chamar de bombril (Para quem não se lembra do slogan: "Bombril, 1001 utilidades" - propaganda gratuita hein,. hehee). Cobra-se do candidato conhecimentos das mais diversas áreas para que ele possa ser realocado ou, o que mais acontece, possa acumular funções nem sempre afins...

O curioso,  e de certa forma revoltante, é que mesmo com essa situação fática, ainda há quem desmereça o candidato que é aprovado no cargo destinado a pessoas que possuem apenas o nível médio. Só quem conhece o mundo dos concursos sabe a quantidade de conteúdo que se estuda. Pessoas formadas em Direito, muitas vezes,  não conseguem passar para TJAA; pessoas formadas em Administração muitas vezes também não conseguem passar para TJAA. Enfim, milhares de pessoas não conseguem ser aprovadas no cargo de TJAA... Logo, quem passou teve muito mérito!

Agora, sinceramente, no rumo em que as coisas estão, tenho receio do que os editais futuros exigirão dos candidatos. Nesse ritmo, para passar para TJAA de um tribunal qualquer, o candidato terá que começar a estudar uns cinco anos antes...



quinta-feira, 8 de setembro de 2011

TRE...Interior... Vou ou não vou?

Creio que muitos concurseiros estejam em dúvida sobre morar no interior caso passem num TRE. Óbvio que para quem está desempregado não há a  menor sombra de dúvida de que, se passar, ele vai até para o interior do Amazonas. A questão é quando você já passou e está relativamente bem numa capital.

Deixando o sonho de lado e partindo para a realidade, em consultas feitas ao TRE, foi-me informado que leva-se em torno de 5 a 6 anos, tendo pessoas que já estão há 7 anos no interior tentando vir para a capital. O que, a meu ver, é um tempo considerável. Todavia, tudo depende do seu intuito e de analisar todos os prós e contras. 

Para quem é cosmopolita como eu, viver numa cidade em que a única diversão é uma pracinha soa-me um pouco depressivo... A não ser que eu possa vir todos os fins de semana para a capital. Por outro lado, pode ser que você consiga ficar num interior desenvolvido com faculdade, cinema, shopping etc.

De toda forma, creio que, a priori,  o importante é passar. Depois você vê se tem coragem de abandonar um cargo do TRE e permanecer onde está. Afinal como dizia o velho ditado: "não se pode contar com o ovo no fiofó da galinha". 

domingo, 19 de junho de 2011

Treinar pra que se eu já sei o que fazer? Será?


É sabido que não há pior concorrente que você mesmo. Vencer a inércia, o excesso de auto-confiança e o comodismo é tarefa árdua.

Depois que se passa num primeiro concurso, além do desejo oculto de aproveitar a conquista, o concurseiro passa a ser dominado pelo que chamo de "Efeito Romário". Aquela história : treinar pra quê se eu ja sei o que fazer? No caso do concurseiro em específico: "estudar pra que se eu já sei o que vai cair?"

O problema é que estudar não é como jogar futebol ou andar de bicicleta. Se parar de estudar, você esquece tudo que aprendeu. Pode até ficar muito conhecimento, mas o que fica não é suficiente para fazer com que você passe dentro das vagas.

Mas então o que fazer? Você já tá sem saco de ler a 8.112 de novo, não aguenta mais memorizar as competências do Judiciário,  do Executivo e do Legislativo. Não quer nem ver o Código Eleitoral... O que fazer?

Basta responder sinceramente a esta pergunta:  Você está ganhando o que queria e está feliz?

Se a resposta for sim, não precisa nem ler o resto do texto. Vá para o sofá  abrir uma lata de refrigerante, comer pipoca e assistir ao Brasileirão. 

Agora, se a resposta for não, trate de arrumar um novo quadro motivacional e vá fazer seu cronograma de estudos porque você vai se arrepender amargamente se perder a grande chance que se aproxima. 

Você tem que reavivar as motivações, nem que o seu desejo mais profundo seja só aparecer no Outdoor que o cursinho vai colocar com o seu primeiro lugar... Funcionando é o que importa. hehehe

Então aproveite que hoje é domingo, primeiro dia da semana. Um ótimo momento para fazer ou refazer um cronograma de estudos e reavaliar metas. Veja onde você está e aonde quer chegar, não se esquecendo de que a inércia sempre atua, ou seja, se você não fizer nenhum esforço vai continuar aí, no mesmo lugarzinho de antes...


sábado, 7 de maio de 2011

Ser ou Ter?


Todos nós passamos por momentos em que temos de tomar decisões relevantes, tendo de fazer uma análise que leva em consideração a diferença entre o teórico e o prático.

Por exemplo, na teoria, dinheiro não traz felicidade. Na prática, no capitalismo, ninguém vive bem sem dinheiro, no Brasil especialmente. Sem dinheiro, você não tem acesso aos mínimos garantidos constitucionalmente, como educação, saúde, lazer.. (às vezes, alguns políticos aderem à política do Pão e Circo  e dão um pouco de lazer "gratuito"..). Ou seja, na vida real, sem o mínimo de reserva financeira, você não consegue suprir as suas necessidades básicas.

Então você começa a se questionar se seguir a sua vocação e os seus desejos vão lhe garantir uma renda capaz de satisfazer as suas necessidades mínimas vitais e entra em conflito existencial: Ser feliz ou ganhar dinheiro? Dá pra ser feliz sem ter dinheiro? E os milionários que se suicidam? Por que o dinheiro deles não foi suficiente para gerar uma vida perfeita?

Óbvio que necessitamos sobreviver e, em algum momento da vida, trabalharemos  em algo que não tem muito a ver com as nossas aptidões e vocações, porém isso não significa que se deva fazer um trabalho mal e porcamente, simplesmente porque não é o que você sonha.  Pelo contrário, defendo que você deve dar o seu melhor, afinal você está recebendo para isso.  Porém, quando chega o momento em que o seu eu interior começa a exigir que você siga a sua vocação, ele deve ser ouvido ou então você vai gastar todo o seu dinheiro adquirido naquela carreira que dá status e um salário invejável em coisas que nunca preencherão o seu vazio intrínseco. Você conhecerá o mundo todo, viverá cheirando a Dior, a Carolina Herrera; sua maquiagem será Lancôme (Natura, O Boticário? Jamais!); comerá nos melhores restaurantes; e poderá até comprar umas joias da Vivara para a sua bonequinha comprada com a sua oponente remuneração, mas, no fundo, sempre sentirá que falta algo...

Daí você tem que tomar uma decisão entre "ser feliz" e "parecer feliz"... E isso depende muito do como se vê a vida, já que muitas pessoas dão mais importância ao ter e ao parecer do que ao ser..

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Um passo atrás para dar dois à frente



Essa frase bastante conhecida resume o que muitas vezes é necessário fazermos na vida, mas que não enxergamos: "retroceder" para avançar.

Após analisar a situação dos concursos atualmente e os meus conceitos de  qualidade de vida, optei por me formar. Primeiro por uma questão de facilidade de acesso aos cargos públicos, já que os concursos para nível superior possuem concorrência menor, segundo pelo fato de que há, pelo menos, duas oportunidades para o nível superior: a do seu curso e a que abarca o superior em qualquer área.

Muitas pessoas podem pensar: que loucura! Vai ganhar mais que muita gente formada, melhor optar pelo concurso. Porém é importante salientar que, se eu me formar, aí sim eu vou ganhar bem mais no setor público  passando em concurso. Vejamos, por exemplo, no concurso passado do Ministério do Planejamento em que o cargo de Gestor de Políticas Públicas exigia apenas a graduação e pagava aproximadamente 10 mil reais!

Sem dúvida alguma, qualificação é essencial, todavia quem tem nível superior atualmente não é mais considerado "a bala que matou Kennedy". Ser graduado tornou-se algo banal, já que em cada esquina há uma faculdade... Ter PhD sim faz de você " a última bolacha do pacote". rsrsr Agora se ter nível superior não é nada demais, imagine ter apenas o nível médio!

Claro que minha situação, no momento, é relativamente confortável, pois já sou servidora pública. Optei justamente pela faculdade pelo fato de que, se eu passasse no concurso que eu quero, inevitavelmente, eu iria para o interior. A faculdade mais próxima fica em outra cidade e custa 750 reais. Iria gastar 550 reais de gasolina para ir e voltar diariamente, somando com todos os gastos que eu iria ter  com os compromissos que já tenho e não posso quebrar, iria sobrar mutito pouco e eu continuaria na mesma situação: nível médio..Aff, õ expressão do meu abuso! kkkkk

Vou arriscar. Pode até ser que me arrependa, mas,como já disse num post anterior, em cima do muro nunca se passa. Então, de volta ao cursinho com o povo que tá na fase da demência: adolescente!


Sei que o texto está meio pobre hoje, cheio de frases de outras pessoas, mas estou com pouco tempo e pouca criatividade rsr.

Então, vou indo que a UFC é concorrida!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Devolva-me...

Como dizia Adriana Calcanhoto na brilhante interpretação de um dos maiores sucessos da MPB: "...DEVOLVA-ME, DEVOLVA-ME, DEVOLVA ME..."



Há tempos que "canto" esse trecho para uma pessoa que sub-utiliza o que lhe é fornecido. Emprestei minha gramática preferida, cativa, no intuito de ajudar, porém a pessoa nem estuda e nem me devolve. O que é revoltante neste momento crucial: véspera de prova de concurso.  

Sinto-me órfã. Saudades de você: Gramática do Faraco e Moura.  Ainda na infância me a deram de presente. Eu a lia diariamete... Aiai. Até hoje não encontrei uma gramática tão completa quanto ela. Nem Ulisses nem Pasquale nem Celso Cunha nem Cegalla nem mesmo a Leila Sarmento conseguiram substituí-la.

Embora muitos professores tenham tentado me convencer de que havia outras melhores, foi com ela que aprendi o que sei e tirei as melhores notas de Português de todos os concursos e seleções que fiz.Não posso sequer garantir que outra edição dos mesmos autores possa suprir as minhas necessidades linguísticas. Aquela edição foi feita numa época em que não se tinha que encher os livros de  figuras e praticamente implorar para que o estudante os abrisse. Era uma gramática completa, que respeitava a nossa língua, diferentemente de umas que vejo por aí em que praticamente se chama tudo de neologismo, de "expressão cultural"... Passa-se a mão na cabeça da preguiça de grande parte dos brasileiros, que não lê sequer três livros por ano, mesmo os que possuem mais condições e que prefere ficar horas em salas de bate-papo e em sites de relacionamento, onde assassinam a Língua Portuguesa e acabam levando para suas vidas  - e para suas provas -  expressões como "axo, abs (abreviação de abraço -  SIC!) .

Estou com receio de me perder nesse mundaréu de publicações. Quero minha gramática de volta! Devolva-me...