quarta-feira, 28 de abril de 2010

Do Desespero do Concorrente



É engraçado como algumas pessoas pensam em n possibilidades para conseguirem ser aprovadas em concurso, menos na que realmente as fará passar: o estudo.

Recentemente, fui "vítima" de uma tentativa de desencorajamento dos meus objetivos. Digo "tentativa" porque, como já tenho experiência no mundo dos concursos e não me assusto mais com número de concorrentes, tamanho do conteúdo programático etc, a atitude do referido concorrente não teve seu escopo atingido.

Pois bem, no intervalo da aula de um curso preparatório, um candidato me indagou se eu já havia escolhido minha lotação e me disse que era melhor eu não concorrer para a minha cidade, pois a concorrência seria altíssima(coincidentemente, ele também concorreria para minha cidade). Depois de ouvir a minha resposta, ele mudou de tática: resolveu se aproximar e ver o meu nível de estudo, passando então a me questionar sobre as minhas aprovações, meu conhecimento adquirido etc. Deve ter se lembrado da velha máxima:e resolveu colocá-la em prática:  "Se não pode com ele, junte-se a ele"...

Foram necessários apenas alguns instantes para reconhecê-lo:  o típico concorrente desesperado. Esse tipo de candidato tenta minimizar a concorrência contando vantagem.. Ele sabe muito(palavras dele), a banca é que não soube reconhecer o seu potencial, melhor dizendo, as bancas, pois já fez vários concursos, com várias bancas diferentes e não passou em nenhum...

Gostaria de deixar claro que, realmente, há pessoas que estudam muito, se esforçam, e não conseguem passar por alguns detalhes, todavia, o  candidato mencionado outrora é o típico aluno de cursinho: não estuda em casa, passa o tempo todo reclamando do professor, não aproveita a estrutura do curso e não perde uma oportunidade de tentar desmerecer a concorrência, afinal ele é bem relacionado,  sabe tudo e tem  informações privilegiadas, pois já estagiou em procuradorias, fóruns, tribunais e quaisquer outras entidades que sejam vinculadas ao concurso em questão.

Então, caro concurseiro iniciante, não se deixe influenciar por conversa de concorrente, afinal, o que  ele mais quer é que você desista e nunca enxergue a verdade: quem estuda , passa! Pode não ser agora, pode não ser amanhã, mas quem estuda, um dia passsa!


ASSUMINDO AS FALHAS DO PRESENTE E TRANSFORMANDO O FUTURO


É muito difícil encontrar pessoas que realmente assumam os seus erros no caminho concurseiro. As “desculpites” incluem desde a banca até o barulho na casa da vizinha.

São vários os fatores que ajudam o candidato a se enganar e a continuar sem ser aprovado em concursos.

O primeiro é não se conscientizar de que concurso é um projeto e, como todo projeto, deve ser planejado e, para que dê certo, a execução deve obedecer ao que fora pré-estabelecido. Esse planejamento envolve desde a análise da sua adequação ao futuro cargo, pretensões salariais, até a coleta de resultados de concursos anteriores da área específica, provas da banca, aquisição de material de estudo, confecção de um cronograma de estudos e definição dos seus novos horários até passar.

O segundo é não ter em mente que esse projeto exige qualificação. Hoje, a concorrência real está extremamente qualificada. Logo, não são as questões da Fundação Carlos Chagas que são ridículas, o nível do candidato que concorre a cargos de nível médio é que aumentou. Sem falar que a maioria dos aprovados nas vagas do edital não tem apenas o nível médio. No último concurso do TRE-BA, em uma pesquisa com os aprovados dentro do número de vagas para o cargo de Técnico Judiciário - Área Administrativa, todos os que estavam nas vagas do edital ou já eram formados em Direito ou estavam cursando Direito.

Todavia o candidato não quer ver essa realidade, ou seja, não quer estudar com afinco, não quer abdicar - afinal, para quem estuda e se dedica, nada é impossível. Ele prefere dizer: “Ah, não passei porque as provas são decorebas, não exigem raciocínio, eu sou muito inteligente e não consigo passar nesse tipo de prova”. Entretanto, coincidentemente, esse mesmo candidato faz uma prova de outra banca, no caso dele o CESPE (porque só o CESPE seleciona...), e não passa. E aí? Já são duas bancas de estilos diferentes, qual a desculpa de agora?

Ah, mas ele encontra outra desculpa rapidinho: “ A culpa é da vizinha barulhenta! Não consegui estudar por causa da vizinha!” Bom, se não me engano, a análise do local de estudo deve ser feita antes de se começar a estudar, na fase do planejamento.

 Sinceramente, foi-se o tempo em que barulho era obstáculo para o estudo. Muito facilmente qualquer pessoa consegue comprar protetores auriculares capazes de abafar 99% dos ruídos. Podem encontrar alternativas como estudar em bibliotecas, enfim, como diz a frase: “O interessado corre atrás”.

Com certeza, quem está disposto a vencer vai arrumar uma maneira de conseguir lidar com o barulho, com o estilo da banca, com os amigos que querem atenção e todos os percalços que surgem nessa fase. Será capaz de admitir que, se não passou até o momento, foi porque houve falhas e não por causa da banca, da vizinha, do sol, do vento...

domingo, 11 de abril de 2010

Da releitura da Língua Portuguesa pela Igreja

Como pessoa observadora que sou, já há algum tempo tenho notado como o o vocabulário dos fiéis muda após entraram de cabeça em determinada religião, especificamente a religião evangélica.

Por exemplo, a aplicabilidade das palavras se torna diferenciada. Antes uma palavra que significava  A, no máximo B, agora, significa milhares de coisas.

Exemplo:

A criança tirou um 10 na prova de matemática - "Esse menino é uma bênção"
O menino quebrou o vidro da sua janela. " É uma bênção essa criatura."
A moça é um pouco dada nas suas relações interpessoais com o sexo oposto. - "Fulana é uma bênção.."
O chefe promoveu alguém por motivos não muito claros - "Dr. Sicrano é uma bênção.."

E por aí vai... Tudo é uma bênção. E não necessariamente apenas em uma ramificação da religião, pois há uma infinidade de divergências no protestantismo no Brasil. Só as que eu lembro:

Batista
Betesda
Universal
Canãa
Igreja Internaconal da Graça de Deus
...

São religiões dentro de outras religiões, porém todas elas dão esse novo look  à semântica.

Certa vez, não me contive e perguntei a um evangélico por que eles ficavam com o vocabulário tão limitado. Tudo se resumia em grande parte a "benção", "promessa" e "senhor" e as argumentações se resumiam a citar versículos da bíblia.

Um fiel me disse, no que diz respeito à palavra bênção,  que era pelo fato de não poder falar palavrão, então em vez de falar palavrão ele dizia a palavra bênção. Ora, depois desse dia, pelo menos pra mim, a palavra bênção nunca mais foi a mesma...

Se alguém que já notou essa muliplicidade de aplicações da palavra "bênção" pela igreja evangélica receber essa denominação, é capaz de passar dias se questionando sobre o que tal pessoa quis dizer com aquilo e chegar à conclusão de que é inutil tentar obter uma resposta.

Afinal, a vida é uma bênção...

sábado, 3 de abril de 2010

A Globo tá demais...



Como dizia o bloco Quanta Ladeira do carnaval de Recife em uma de suas canções pra lá de irrevrentes: "tá demais, tá demais, a Globo tá demais..."

Lembrei desse refrão ao constatar o nível de merchandising que aparece na respectiva emissora atualmente. Em outra época, comerciais e propagandas eram feitos no intervalo, horário criado especificamente para isso, afinal nenhuma emissora vive bem - com lucro - sem patrocínio, entretanto a metodologia mudou, agora, no meio do capítulo da novela das oito(que começa às 21:00h), durante uma cena da personagem principal, entra uma propaganda escancarada do patrocinador.

O telespectador chega a ficar perplexo com tanta inoportunidade:

Capítulo X, diálogo 1
 - Mãe, não fica assim.. Vamos levantar esse astral.
 - Tem razão, minha filha. Vou tomar um banho, passar aqui esse hidratante maravilhoso da NATURA que deixa minha pele macia e sedosa e sair.

Diálogo 2 em outro núcleo da trama

- Meu filho, você não ia jantar na casa da Helena?
 - Vou sim, mãe. Estou pagando aqui o meu cartão de crédito on line (aparece a tela do ITAU no computador). Incrível como eu posso pagar as contas sem sair de casa, mãe, ver minhas aplicações, meu saldo e tudo isso num ambiente muito seguro.

As novelas, principalmente as da Glória Perez e as do Manoel Carlos, têm até tramas interessantes, abordando temas polêmicos como racismo, drogas, transtornos mentais e, no caso de Viver a Vida(Manoel Carlos), a dificuldade enfrentada pelos portadores de deficiência, cutucando as feridas do poder público e, de vez em quando, até mandando umas indiretas pro Governo, mas tá ficando muito chato a quantidade de propaganda dentro da novela...

"Tá demais, tá demais, a Globo tá demais..."







 

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Inveja x Aprovação : Desculpite, Superstição ou Tem Fundamento?

Não é de hoje que se ouve falar em termos como "quebrante", mau-olhado, olho gordo. Segundo os espiritualistas que acreditam que nem tudo depende apenas da racionalidade e das fórmulas no estilo "A+B=C", a energia negativa de terceiros pode interferir no seu sucesso, na medida em que, ao saberem dos seus planos e desejos, pessoas invejosas e pobres de espírito lançariam uma carga energética tão negativa que interferiria na sua motivação para concluir o projeto.

Curiosamente, deparei com um tópico em uma comunidade de concurso do Orkut questionando os demais membros sobre sua visão acerca do assunto. Afinal, é melhor espalhar aos quatro ventos o que se pretende fazer ou o melhor mesmo é ficar caladinho e surpreender com os resultados?

Em resposta a esse questionamento, muitos candidatos disseram acreditar, sim, no poder da inveja, no sentido de interferir na motivação e de, muitas vezes, atrapalhar diretamente o estudo. Alguns relatam que, coincidentemente, quando dizem que vão estudar para concurso, tudo começa a acontecer. As pessoas começam a "inconscientemente" lhe atrapalhar, por exemplo, pessoas que você mal via, depois que descobriram que você vai estudar para concurso, agora, ligam pra você o convidando pra sair frequentemente e quando você diz que não pode, elas dão um sermão... Em outros casos, você passa de uma motivação exemplar para um estado de apatia em questão de segundos após divlgar os seus planos. Um cansaço inexplicável, sua saúde está perfeita, mas você não consegue sair do lugar.

Outros relatam a inveja na própria família.  Segundo eles, aqueles parentes que se acomodaram em seus empregos privados, que ganham pouco e, definitivamente, não querem reconhecer que valerá a pena você largar tudo para estudar e ter um salário que pode ser até 10 vezes maior que o deles , começam a lançar comentários desestimulantes e a desejar profundamente que você não passe, o que  acaba acontecendo.

Em contrapartida, os céticos e racionais que acreditam apenas na fórmula "A + B = C"  afirmam que inveja e mau-olhado existem apenas na crendice popular e nas pessoas que querem arrumar uma desculpa para o seu insucesso. Não tem segredo: você estuda, você passa!
 
De repente, você se questiona: quantas pessoas inteligentes e capacitadas você conhece que estudam com compromisso, com afinco, mas não conseguem ser aprovadas? Elas respeitaram a fórmula, mas no caso delas, A + B não deu igual a C...

Por outro lado,  analisando resultados de concursos, coincidentemente, os primeiros colocados, em 99,9% dos casos são pessoas que você nunca viu comentando em comunidades (e se comentam comentam com um perfil "fake" para não serem reconhecidas), pessoas que não têm no seu perfil os concursos  em que estão inscritas, os que pretendem fazer... Vemos listas com nomes nada familiares...

Coincidência? Fundo de verdade?

Afinal, a inveja interfere, de fato, nos seus resultados? Alguém se habilita a fazer um teste?

Vamos lá: Inscreva-se em um concurso, conte para todas as pessoas invejosas que você conhece( e as que você não acha invejosas também, pois nunca se sabe) que você se inscreveu e que você, se passar, vai ganhar em torno de 8 vezes mais que ela.
E se inscreva-se em outro, similar, claro, mas não conte a ninguém. 

Regras: Estude mesmo(ou tente), afinal sem estudar ninguém passa.